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CONTRIBUIÇÃO DA ENGD E SOCIEDADES CIENTÍFICAS AO PBIA - PLANO BRASILEIRO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

PLANEJAR E CONSTRUIR O BRASIL INTELIGENTE DO FUTURO


 

Documento elaborado por cientistas, pesquisadores e engenheiros com contribuições das organizações:

 

EngD - Engenharia pela Democracia

Clube de Engenharia (RJ)

SBC - Sociedade Brasileira da Computação 

SBA - Sociedade Brasileira de Automática

SOBRAPO - Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional

SBMAC - Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional

ABE - Associação Brasileira de Estatística


Junho de 2024

O desafio da Soberania Digital  e a relação com a Soberania Nacional, o urgente domínio da relação Inteligência Humana (IH) e Inteligência Artificial (IA), determinam uma política de Estado.

    O rápido desenvolvimento da inteligência artificial mudará profundamente a vida social humana e o mundo. A fim de aproveitar as principais oportunidades estratégicas para o desenvolvimento da inteligência artificial e acelerar a construção de um país inovador, com uma sociedade justa, e nos próximos 10 anos colocar o Brasil no patamar dos países desenvolvidos em ciência e tecnologia entendemos que:

 

   O desenvolvimento da inteligência artificial entrou em uma nova etapa. 

Após mais de 60 anos de evolução, especialmente impulsionada por novas teorias e tecnologias como a Internet móvel, big data, supercomputação, redes de sensores e ciências neurais, ativado pela forte procura de desenvolvimento económico e social, ganhos de produtividade e eficiência, novos produtos e objetos inteligentes, transformação energética sustentável, a aceleração na robótica inteligente e automação industrial, sistemas educacionais e monitoria educacional, elaboração de pesquisas e projetos com inteligência, o uso e treinamento intensivo de LLMs, redes neurais de aprendizado profundo, sistemas de depuração inteligentes de erros e programação, o desenvolvimento das placas aceleradoras de processamento de imagens (GPUs),  um novo e amplo leque de possibilidades se abre.

 

   Sistemas e modelos de aprendizagem profunda, integração em redes de alta performance, colaboração e relacionamento IH e IA - homem (IH) - máquina (IA), sistemas e plataformas de inteligência social e de grupo aberto, controle autônomo e outros novos recursos, a aprendizagem do conhecimento baseada em big data, o processamento colaborativo e generalizado entre mídias, a colaboração humano-computador para aprimorar a inteligência, a inteligência social integrada em grupos e os sistemas inteligentes autônomos tornaram-se o foco do desenvolvimento da inteligência artificial buscando o aprendizado e tomadas de decisão semelhantes ao processo neural do cérebro humano, inspirado nos resultados e métodos de aprendizado e treinamento do cérebro humano, que se desenvolvem igualmente de forma exponencial. 

 

   A pesquisa científica baseada em chips, processadores multi núcleos, rede de sensores e monitoramento, sistemas de geoprocessamento de imagens e dados, placas e hardware, o próprio desenvolvimento de produtos de software, todos são impulsionados pelo desenvolvimento da IA. 

 

   A tendência de “plataformização” tornou-se mais óbvia e o desenvolvimento da inteligência artificial entrou em um novo  e acelerado estágio. 

 

   O desenvolvimento de disciplinas relacionadas com a inteligência artificial, a modelagem teórica, a inovação tecnológica e as atualizações de software e hardware desencadearam uma cadeia de avanços escalares e difíceis de acompanhar, e promoveram um salto acelerado da digitalização e das redes para a inteligência em todas as áreas econômicas e campos sociais.

Sugestões nas medidas, legislação, financiamento e organização do PBIA 

 

  1. O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial deve ser tratado como Política de Estado.

  2. Deve ser dirigido pelo Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação em Secretaria própria

  3. Deve ser governado pelo CNIA - COMISSÃO NACIONAL DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL - Composto de forma tripartite com representantes dos ministérios e órgãos governamentais, por representantes das Sociedades Científicas e experts em IA - por representantes da Sociedade, empresas públicas e privadas e usuários.

  4. Deve constituir Estrutura Institucional Pública Própria nos moldes da CNEN e verticalizar todas as estruturas de ciência, engenharia, tecnologia, inovação, articulação internacional e organizando o relacionamento público-privado para dar sinergia e foco. Com regulamentação semelhante, por exemplo, à que rege a CNEN com base na RESOLUÇÃO Nº Nº 301, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2022 

  5. Deve possuir fonte de financiamento próprio e estável com o objetivo de atingir investimentos de pelo menos 1% do PIB ao ano nos primeiros 10 anos, centralizados no Fundo Brasileiro para o Desenvolvimento da Inteligência Artificial e Automação Inteligente.

  6.  Os Recursos serão governados pela CNIA e executados pela CBIA e suas parcerias.

  7. Sugestões para financiamento

    1. 10% obrigatório do FNDCT

    2. 10% dos impostos arrecadados no setor de serviços bancários, de TI, Internet e Redes Sociais nacionais

    3. 10% dos recursos de investimento do BNDES serão aplicados sob aprovação do CBIA

    4. 10% dos recursos de investimento das empresas públicas sob orientação do CBIA para o desenvolvimento das empresas.

    5. Doações e financiamentos internacionais

  8. Priorizar o desenvolvimento de projeto e fabricação de GPU nacional na Ceitec - com o objetivo de produzir 100 mil placas de alta performance nos primeiros cinco anos.

  9. Priorizar criação de consórcio público privado para desenvolvimento industrial de supercomputadores e HPC.

  10. Instalar o mais rapidamente possível, em Brasília, o CENTRO BRASILEIRO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL - CBIA - investimento inicial de 10 bilhões de reais/ano. Órgão responsável pela execução orçamentária e infraestrutura de IA.

    1. Com alta capacidade redundante de Big Data e atualizada em conson^ncia com o estado da arte. e expansível capaz de integrar em rede as estruturas nacionais de Supercomputadores de Ministérios e Supercomputadores das Empresas Públicas de grande Porte, e de HPCs dos ICTs e Universidades, aumentando a sinergia e retaguarda operacional do sistema.

    2. Iniciar com servidores para 10 mil placas de GPU instaladas e dobrando a cada ano.

    3. Centralizar serviços de Pesquisa e Desenvolvimento de IA de alta performance segundo plano traçado pela CNIA e disponibilizado e gerido pelo CBIA

    4. Planejar e instalar uma subsede do CBIA em cada região do Brasil que articule rede de HPCs municipais e estaduais, de universidades, CTIs, INCTs, Empresas Públicas e Privadas

    5. Definir programas de investimento para instalação de Redes de HPCs nas cidades, para organizar a base de dados local e a inteligência social e planejamento das cidades criativas e inteligentes, com suporte técnico e treinamento do CBIA.

    6. Definir perfil de formação de recursos humanos, em nível técnico, graduação e pós-graduação em IA. Definir um programa de atualização e requalificação profissional em IA. Definir um programa de pós-doc na relação academia-indústria.



 

PARTICIPARAM DA ELABORAÇÃO E SUBSCREVEM

ESTA CONTRIBUIÇÃO AO PBIA

 

EngD - Engenharia pela Democracia

Eng. Paulo Massoca

Presidente da EngD

 paulomassoca@gmail.com

 

Clube de Engenharia (RJ)

Prof. Dr. Eng. Márcio Girão

Presidente do Clube de Engenharia (RJ) e Vice-Presidente da Confederação de Tecnologia da Informação e Comunicação - CONTIC

megbarroso@gmail.com

 

SBA - Sociedade Brasileira de Automática

Prof. Dr. Eng. Tiago Roux de Oliveira

 Presidente da Soc. Brasileira de Automática-  SBA

Professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

tiagoroux@uerj.br

 

SOBRAPO - Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional

Prof. Dra. Caroline Maria de Miranda Mota

Presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional - SOBRAPO

 Professora titular da Universidade Federal de Pernambuco UFPE 

caroline.mota@ufpe.br

 

SBMAC - Sociedade Bras. de Matemática Aplicada e Computacional

Prof. Dr. Carlos Hoppen

 Presidente da Soc. Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional SBMAC 

Professor Associado do Departamento de Matemática Pura e Aplicada 

na Universidade Federal do Rio Grande do Sul

choppen@ufrgs.br

 

ABE - Associação Brasileira de Estatística

Prof. Dra. Viviana Giampaoli

Presidente da Associação Brasileira de Estatística - ABE

Professora Livre Docente do Instituto de Matemática e Estatística da USP

vivig@ime.usp.br
 

Prof. Dra. Thais Vasconcelos Batista

 Presidente da Soc. Brasileira de Computação - SBC

Professora Associada do Departamento de Informática e Matemática Aplicada da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

 thais@dimap.ufrn.br

 

Eng. Miguel Manso

Diretor de Políticas Públicas da EngD

Engenheiro Eletrônico formado pela EESC USP

Especialização em Telecomunicações pela UNICAMP

Especialização em Inteligência Artificial pela UFV

miguel.perez@ufv.br

 

Prof. Dr. Eng. José Carlos Maldonado

Prof Emérito do ICMC-USP

Foi Diretor do ICMC - USP

Ex-Presidente e atual  Membro do Conselho da SBC 

(Sociedade Brasileira de Computação)

Coordenador do Ecossistema de P&D&I do Lab TD IAPort

(Laboratório de Transformação Digital - Inteligência e Automação Portuária) 

jcmaldon@icmc.usp.br

 

Prof. Dr. Eng. Miguel Angel Buelta Martinez

Professor Titular e Chefe do Departamento de Engenharia de Estruturas e Geotécnica da Escola Politécnica - USP

buelta@usp.br

 

Prof. Dr. Eng. José Castilho Piqueira

Diretor Operacional da FDTE

Professor titular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, da qual foi Vice-Diretor (03/2010 a 02/2014) e Diretor (03/2014 a 03/2018)

 piqueira@lac.usp.br

 

Professor Dr. Fis. Alexandre Ramos

Prof. Associado da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, EACH-USP 

Curso: Sistemas da Informação 

alex.ramos@usp.br

 

Eng. Allen Habert

Diretor da Confed. Nac. dos Trabalhadores de Nível Universitário - CNTU

Coordenador do Fórum da EngD

 allen.habert@gmail.com

 

Eng. Celso Augusto Soares

Diretor de Finanças da EngD

Eng. Mecânico pela EESC USP

Especialização na Unicamp

Gerente do LAB TD IAPORT

eng.celso.soares@gmail.com 

 

Prof. Dr. Eng. Victor Hugo Pereira Rodrigues

Professor da UERJ

  SBA - Clube de Engenharia (RJ)

victor.rodrigues@eng.uerj.br

 

Prof. Dr. Lisandro Zambenedetti Granville

Diretor de Finanças da Soc. Brasileira de Computação - SBC

Membro titular do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br)

Diretor adjunto de pesquisa, desenvolvimento e inovações 

da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP)

Professor da UFRGS

granville@inf.ufrgs.br

 

Prof. Dr. Altigran Soares da Silva

Diretor de Eventos e Comissões Especiais da Soc. Brasileira de Computação - SBC

Professor titular do Instituto de Computação da Universidade Federal do Amazonas (IComp/UFAM)

alti@icomp.ufam.edu.br

 

Prof. Dra. Teresa Ludermir

 (SBC)

Professora titular de Inteligência Artificial do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

tbl@cin.ufpe.br

 

Prof. Dr. Wagner Meira Jr

 (SBC) 

Professor Titular de Ciência da Computação na UFMG

meira@dcc.ufmg.br

 

Prof. Dr. Luiz Satoru Ochi

(SOBRAPO)

Professor Titular do Instituto de Computação - IC/UFF e Coordenador do LabIC - Laboratório de Inteligência Computacional do IC-UFF 

satoru@ic.uff.br

 

Prof. Dr. João Florindo

SBMAC 

 Professor Associado no Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC) da Universidade Estadual de Campinas Unicamp

florindo@unicamp.br

 

Prof. Dra. Enga. Lúcia Valéria Ramos de Arruda

Secretária de Relações Institucionais da Soc. Brasileira de Automática - SBA

Professora titular da Universidade Tecnológica Federal do Paraná- UTFPR

lvrarruda@utfpr.edu.br

 

Prof. Dr. Anderson Luiz Ara Souza

 ABE

Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná UFPR

ara@ufpr.br

ANEXO - DESAFIOS DE GRANDES PROJETOS ESTRUTURANTES
PARA UM PLANO BRASILEIRO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Proposta de Plano Brasileiro de
Inteligência Artificial 2024-2028
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