Por Paulo Gala e Fausto Oliveira
À amostra captada pelos autores pode-se acrescentar muitas outras empresas, produto da inventividade nacional.
Elogiar o projeto de atraso nacional é desconhecer a história do Brasil e repetir ladainhas contra as evidentes possibilidades de grandeza do país. Coisa de quem já se convenceu de que o destino do Brasil é ser pequeno e criminosamente desigual. Vejamos: o Brasil produzia caminhões na Fenemê. Se não fosse a sabotagem iniciada pelo governo Dutra, o Brasil teria hoje uma Scania?
A empresa nacional Gurgel introduziu o carro elétrico, aquele no qual hoje o mundo inteiro enxerga o futuro. Mas na época governo mudou a legislação por lobby das montadoras estrangeiras só pra o Gurgel perder mercado em casa. Aí, morreu… (Governo que mata empresa doméstica só no Brasil mesmo, aff)
Nesta época o país produzia aparelhos eletroeletrônicos de nível tecnológico similar ao do resto do mundo. Se o Brasil, esse país tão fechado, tivesse promovido de fato sua indústria, a Gradiente não poderia ser hoje uma Sony?
A Engesa produziu o poderoso carro de combate Osório nesta época. durante esta época a Embraer lançou seus primeiros aviões, como o Tucano, precursor de toda a glória da aviação nacional que são os E-Jets e o KC-390. Enfim, quase chegamos lá. mas os próprios brasileiros depois optaram pelo suicídio a partir dos anos 90, capitaneados por “brilhantes” economistas” Pobre Pindorama!
Paulo Gala é doutor em economia e professor na FGV; artigo publicado originalmente em sua página Economia & Finanças.
Comments