Nesta data (23/6) se homenageia a todas as mulheres que atuam nas áreas da Engenharia. É uma data comemorada internacionalmente, reconhecendo o esforço das profissionais de inúmeras formações, uma vez que a Engenharia é sobretudo um campo de trabalho em equipe.
Inicialmente, as poucas mulheres que atuavam eram, geralmente, engenheiras civis e arquitetas. Ao longo do século XX, a Engenharia foi acolhendo as novas formações que surgiam e/ou criando-as segundo suas necessidades específicas tecnológicas exigiam, aceitando mulheres sem pestanejar quando lhes eram convenientes, como conhecimento notório e/ou carência de profissionais do sexo masculino. Com o tempo, surgem geólogas, cartógrafas e geógrafas, entre tantas outras profissionais que passam a atuar nas áreas da Engenharia, do ensino, às industrias, aos escritórios de projetos ao ensino e pesquisa.
A ocorrência do fenômeno social de contratação de mulheres em campo novo da Engenharia, com as suas substituições por homens ao se firmar, ocorreu. Por exemplo, a partir da década de sessenta, se encontram matemáticas desenvolvendo softwares, mas seu quantitativo vai diminuindo com aumento de prestígio dessa atividade e ocupação dos cargos por homens a partir dos anos 80.
Nesta década, porém, há expansão contínua das empresas de Engenharia, com inúmeros projetos gigantescos, e se passa a encontrar aqui e acolá mulheres com bacharelado em Administração elaborando planejamentos; diplomadas em Ciências Contábeis calculando custos; economistas atuando nos orçamentos; técnicas de laboratório ensaiando materiais; enfermeiras socorrendo pessoas acidentadas ou adoecidas em seus períodos de trabalho; e muito mais profissionais das mais diversas formações.
Esse leque enorme de tipos profissionais mulheres, das quais as áreas de Engenharia dependem, seja de nível superior ou técnico, nesta data estão homenageadas. Não só por serem solucionadoras de problemas e trabalhadoras sempre impelidas a comprovarem suas competências. Mais do que isso, esta data serve para lembrar a todos que elas são mulheres, gente e não máquinas/objetos.
Gente com todos os direitos, como os de trabalharem em um ambiente sadio, com remuneração adequada, reconhecimento e oportunidade de formação contínua, sem sofrer discriminação e assédio. Mulheres que merecem ter todos os seus dias de trabalho tratadas de forma excelente, bons como se quer que tenham este seu Dia Internacional da Mulher na Engenharia.
* Cládice Nóbile Diniz, engenheira naval, é vice-coordenadora da EngD
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