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Editorial da EngD | 2 anos a serviço da engenharia, da democracia e do Brasil



Há dois anos, em 3 de outubro de 2021, estudantes, professores, pesquisadores, profissionais e empreendedores de todas as regiões do País se uniram para lançar o movimento Engenharia pela Democracia. Às voltas com um governo ultraliberal, entreguista, autoritário e negacionista, a EngD ousava mobilizar as vozes progressistas da engenharia nacional contra o fascismo, por um Brasil democrático e soberano.


No primeiro ano, a grande – e vitoriosa – missão da EngD foi contribuir para a derrota da extrema-direita nas eleições presidenciais de 2022. Ainda assim, os atos golpistas de 8 de Janeiro deixaram claro o caráter permanente – e não apenas eleitoral – da luta em defesa do Estado Democrático de Direito. Não foi por acaso que, em setembro passado, a EngD foi uma das entidades fundadoras da Rede Democracia e Direitos Humanos (RedeD).


Nosso movimento chega a dois anos com um acúmulo de debates, reflexões e propostas. São dois anos a serviço da consolidação da democracia, do fortalecimento da engenharia, da reindustrialização da economia brasileira e do desenvolvimento nacional. Projetou-se a criação do 1º Fórum Nacional EngD com o tema “200+2 – Engenharia, Independência e Soberania”, para desenvolver um amplo diálogo social.


Implantamos grupos temáticos para avançar nas mais diversas pautas. Lançamos as bases para o lançamento da TV EngD, que vai amplificar a mensagem do movimento e de seus expoentes, diretores e associados. Por meio de editoriais semanais, analismos os grandes desafios do País.


Uma das lutas na ordem do dia é a eleição para o Sistema CREA/CONFEA marcada para 17 de novembro. Infelizmente, o Sistema não tem cumprido o papel que a sociedade lhe confere, entregando-se a um burocratismo, à omissão e ao distanciamento crescente dos reais desafios da engenharia. Hoje, o CONFEA e a maioria dos CREAs não estão a serviço nem de seus representados, nem da sociedade. Enquanto a engenharia nacional e seus profissionais são atacados e aviltados, o CONFEA, em especial, foge às suas responsabilidades.


É imperativo colocar o Sistema consoante a um País continental na terceira década do século 21. A Assembleia Geral Extraordinária da EngD, convocada para 17 de outubro de 2023, às 18h30, tem esse objetivo de deliberar o posicionamento estratégico do nosso movimento para as eleições no CONFEA e nos CREAs.


Acima de tudo, a EngD existe para lembrar que a engenharia nacional é capaz de feitos prodigiosos, à altura de qualquer referência internacional. Foi essa engenharia que ajudou a erguer instituições de ponta, como a Petrobras, a Eletrobras, a Embraer e a Embrapa. Nossos engenheiros deram viabilidade aos sonhos de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, viabilizando Brasília, uma das capitais mais originais do mundo. Mesmo com a prolongada desindustrialização, o País pôs de pé, no século 20, um dos dez maiores parques industriais do planeta.


A missão de reconstruir o Brasil passa, necessariamente, por investimentos na ciência, tecnologia, inovação, engenharia e indústria. Assim como as urnas derrotaram o neofascismo, o Judiciário trava uma firme cruzada contra a nefasta operação Lava Jato. Mas continuamos a sofrer os efeitos devastadores de grupos poderosos, internos e externos, que se aliaram para entregar as riquezas do País – e para enriquecerem a si próprios. Estamos no começo de nossa jornada, cientes de que, como diz a canção, “uma dor assim pungente não há de ser inutilmente”. Vida longa à EngD!

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