O Banco Central (BC) sob o comando do bolsonarista Roberto Campos Neto se tornou uma ameaça não apenas à economia do Brasil – mas à própria soberania nacional. Na quarta-feira (21), ao manter a taxa básica de juros (Selic) em inaceitáveis 13,75%, a autoridade monetária do País, por meio de seu Comitê de Política Monetária (Copom), se pôs mais uma vez em oposição aos interesses nacionais.
Conforme previsto, a nefasta insistência do BC nessa agenda ultraliberal e pró-rentismo provocou revolta generalizada – de representações dos trabalhadores e dos empresários, dos meios políticos e até da grande mídia. “É hora de baixar os juros para retomar a atividade econômica, gerar emprego e renda. É urgente uma política monetária adequada”, escreveram, em carta aberta, 51 membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável.
Até mesmo a ata do Copom que tenta justificar esse crime de lesa-pátria reconhece “o estágio do processo desinflacionário” em curso, embora faça um inacreditável autoelogio de sua “estratégia” para “assegurar a convergência da inflação”. O argumento, porém, não para em pé.
Em agosto de 2022, quando a Selic chegou ao patamar de 13,75%, a inflação no Brasil ainda se mantinha em dois dígitos. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, considerado a inflação oficial do País), havia fechado em 10,07% no mês anterior. Porém, a taxa mensal já vinha em queda e assim continuou, chegando a 3,94% em maio.
O governo Lula, de resto, tem cumprido a promessa de viabilizar uma política macroeconômica marcada por “credibilidade, previsibilidade e estabilidade”, haja vista a rápida aprovação de um novo arcabouço fiscal, que foi pactuado com o próprio mercado. Não à toa, o Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, tem revisado semanalmente, para melhor, as expetativas de crescimento econômico, inflação e cotação do dólar em 2023 e 2024.
Os efeitos dos juros altos são sentidos em todos os setores da economia, travando uma retomada mais robusta do crescimento econômico e inviabilizando todo e qualquer projeto de desenvolvimento. Com exceção do setor financeiro, a quem interessa que o Brasil permaneça com a mais elevada taxa de juros reais do mundo?
Estamos todos fartos de juros altos e da insolência de Campos Neto. “Esse cidadão está jogando contra os interesses da economia brasileira”, voltou a repetir, com razão, o presidente Lula.
O País não suporta mais na presidência do Banco Central alguém que atua permanentemente a favor do rentismo e contra a nossa economia! Ou esse senhor se curva aos interesses e ao clamor Na nação – pela imediata queda da taxa de juros –, ou sua exoneração pelo Senado se imporá como inevitável.
São Paulo, 23 de junho de 2023
EngD – Engenharia pela Democracia
Em
Five key features of imperialism
logo de cara está a tabela de crescimentos dos maiores predadores da Humanidade com dois em crescimento, as petroleiras.
https://www.struggle-la-lucha.org/2023/08/16/five-key-features-of-imperialism/
Faz uns dois ou três meses que ouvi numa transmissão da internet o presidente do Banco Central falando que a decisão sobre a Selic é tomada com base em análises "técnicas" e que ele e sua equipe haviam varado noites fazendo simulações computacionais para fundamentar suas decisões. Eu gostaria de saber quais as equações e valores dos parâmetros que representam o desespero de pais de famílias desempregados que não sabem de onde e quando virá o próximo prato de comida dos seus filhos, que representam a anuência de tais pessoas em fazer tais sacrifícios para que a inflação não atinja nem um "pontinho percentual" acima da meta e que representam as suas anuências em amargar o desemprego e a desesperança.…