O movimento Engenharia pela Democracia (EngD) faz três anos nesta quinta-feira. A fundação, em 3 de outubro de 2021, não poderia ter sido mais simbólica – era o dia do 68º aniversário da Petrobras. Além da comunidade acadêmica (estudantes, professores, mestres, doutores e pesquisadores), o “pontapé inicial” reuniu profissionais, empreendedores, sindicalistas, gestores públicos e apoiadores.
A EngD já tinha portal. Mas, para marcar o feito, ainda sob a pandemia de Covid-19, lançamos um vídeo de apresentação da EngD e promovemos a live “Engenharia pela Democracia – Desafios e Fronteiras”. Participaram, na ocasião, o engenheiro, físico e professor Ricardo Galvão; o geólogo e “pai do pré-sal”, Guilherme Estrella, ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras; e a engenheira eletrônica Roseli de Deus, pesquisadora de Tecnologias Aplicadas à Educação e diretora da Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP).
Após o debate, numa demonstração do apreço da EngD e da engenharia pela nossa cultura e arte, houve uma atividade cultural. Houve, ainda, um chamamento para a assembleia de formalização institucional do movimento, que foi realizada em março de 2022.
Com presença em todas as regiões do País, a EngD nasceu não apenas para defender a engenharia, o desenvolvimento e a soberania nacional. Naquele momento, sob um governo negacionista e autoritário, era imperioso fortalecer, acima de tudo, o Estado Democrático de Direito. Uma das tarefas iniciais da EngD foi, portanto, conscientizar e mobilizar as mais diversas representações da engenharia, da agronomia, das geociências e de outras áreas contra as ameaças antidemocráticas e entreguistas que pairavam sobre o País.
A derrota do bolsonarismo nas eleições presidenciais de 2022 e o fracasso do golpe de 8 de janeiro de 2023 foram vitórias históricas da sociedade brasileira – uma e outra com a firme contribuição da EngD. Em meio a isso, combatemos o negacionismo que tanto avançou no Brasil, especialmente durante a pandemia.
A EngD dialogou com os mais diversos segmentos da engenharia nacional. Contribuiu com opiniões e propostas a cada desafio da reconstrução nacional, como o Novo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e a NIB (Nova Indústria Brasil). Fomentou as bases para a necessária NEB (Nova Engenharia Brasil).
Denunciou projetos privatistas que rebaixavam o interesse público. Ousou lançar e apoiar a candidatura progressista de Amaury Monteiro Júnior à presidência do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Em busca de parcerias, foi a encontro de gestores públicos, parlamentares e governantes, incluindo a Presidência da República.
Esse histórico culminou na 1ª Conferência Nacional Livre da Engenharia, Ciência, Tecnologia e Inovação, em 10 de abril de 2024, em São Paulo. A programação, organizada pela EngD, pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pela Fundação Memorial da América Latina, ocorreu nos marcos da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI).
Ao completar três anos, a EngD se une a outras entidades para promover novas agendas históricas, notadamente o 1º Fórum da Engenharia Nacional, marcado para o primeiro quadrimestre de 2025. O objetivo do Fórum é ser um encontro permanente – “um espaço político e cultural de pensamento, formulação, debates, diálogo social e articulação” –, em defesa das nossas causas fundantes: a engenharia nacional, a democracia, o desenvolvimento e a soberania do País. O Fórum há de impulsionar a igualmente 1ª Conferência Nacional da Engenharia, esperada também para 2025.
Que os próximos anos sejam de mais construção, união, crescimento e vitórias. Com o apoio da EngD, a engenharia nacional permanecerá na ordem do dia! Associe-se à EngD e faça parte dessa história!
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