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Carlos César Micalli Cantu

FUNDO PARTIDÁRIO: A ÚNICA ALTERNATIVA EXEQUÍVEL

- Conforme a Constituição, o regime político é a democracia representativa. Os eleitores devem eleger os seus representantes filiados a um partido político.

- Para que o eleitor acerte na sua escolha, ele precisa conhecer bem os partidos e seus candidatos, seus programas de governo e seus históricos de vida;

- Para que os partidos políticos e seus candidatos possam cumprir essa obrigação informativa, eles devem dispor de dinheiro.

- Esse dinheiro pode vir de várias fontes, lícitas ou não: Pessoas físicas e jurídicas, entidades constituídas (Sindicatos, religiões, ONG’s e outras), conglomerados empresarias nacionais ou internacionais, outros países e seus organismos de controle e dominação internacionais como a CIA, KGB, crime organizado e, obviamente, o Estado;

- Com raras exceções, quem doa, quer retorno, quer que os partidos e candidatos eleitos façam, dentro dos organismos do governo, algo para que os favoreça: O cidadão quer ter acesso ao seu candidato financiado para obter conveniências, as empresas querem ter seus negócios facilitados, os grupos organizados querem “proteção e facilidades do Estado”, os países estrangeiros querem o domínio geopolítico-econômico e cultural, o criminoso quer proteção policial e jurídica contra os seus crimes e o Estado, constituído pelos representantes eleitos pelo povo, quer ter a liberdade de agir livremente, de acordo com o programa votado, sem interferência privilegiada de qualquer grupo.

- Qual a melhor opção para o eleitor que votou num partido e seus candidatos de acordo com o programa e histórico individual escolhido por ele, o eleitor?

- Sem dúvida, o financiamento dele mesmo, do seu próprio bolso, efetuado via Estado através do chamado Fundo Partidário;

- Mas, muitos alegam, é muito dinheiro para mim, não tenho condições de arcar;

- Para 2022, são R$ 5,7 bilhões, quer seja, R$ 1,60 / eleitor / mês. Será que é muito dinheiro para a finalidade citada? Será que não se pode tirar dinheiro de outras áreas, por exemplo, dos polpudos salários e benefícios da elite estatal ou renegociar os juros da dívida pública que consome R$ 420 bilhões todo ano? Será que ser contra pelo montante despendido não visa ocultar algo mais lesivo?

- Mas, muitos alegam: Os eleitos podem falhar, não fazer o que prometeram?

- Sim, isso costuma ocorrer, mas é uma questão de sistema político falho e voto errado, não de financiamento de campanha;

- Minha opinião: Quero que todos os cidadãos financiem a campanha eleitoral, via nosso dinheiro depositado no Estado. Não quero nem o meu financiamento pessoal (Se tivesse dinheiro como muitos têm) para não incidir na tentação de bater nas portas dos poderes para obter vantagens, e nem financiamento de qualquer dos grupos citados.

- Mas, se o fundo partidário é a melhor alternativa, por que muitos são contra e por que a grande mídia promove, sistematicamente, uma condenação a sua existência?

- Ora, resposta óbvia: Interesse corporativo, nada mais do que isso, principalmente dos poderosos que possuem muito dinheiro para doar. Querem escancarar as portas do governo para suas facilidades.

DURANTE CINCO SÉCULOS DE BRASIL, 95% DA POPULAÇÃO TEM CONSTRUÍDO E SUPORTADO A RIQUEZA DO 5% DA ELITE. É CHEGADA A HORA DA JUSTIÇA.

César Cantu

16.01.2022

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