Por Miguel Manso - Engenheiro Elétrico Eletrônico - USP São Carlos
A energia solar fotovoltaica, eólica, novos inversores controlados a distância, novos sistemas híbridos de baterias e acumuladores, a Geração Distribuída de Energia, estão reorganizando nossas vidas e impactando a Engenharia em diversos níveis, bem como o modelo de projeto, contratação e gestão da geração distribuída de energia.
Como funciona a geração distribuída? Geração distribuída é o termo dado à energia elétrica gerada no local de consumo ou próximo a ele, sendo válida para diversas fontes de energia renováveis como a energia solar, eólica e hídrica. No Brasil, a definição de geração distribuída é feita pelo Artigo 14º do Decreto Lei nº 5.163 de 2004.
As vantagens da geração distribuída
Redução de perdas elétricas. Na geração distribuída, os ganhos são compartilhados pelas distribuidoras de energia e consumidores.
Confiabilidade dos microgrids.
Diminuição de investimentos.
Agilidade ao atender a demanda.
Minimização de impactos ambientais.
A GD, além de proporcionar maior eficiência energética, pois mitiga as perdas da transmissão e distribuição (que no Brasil estão estimadas em até 17%), possibilita a todo brasileiro efetivamente diminuir seus custos com energia elétrica, que estão entre os mais altos do mundo, colaborando para a robustez da matriz.
A Potência instalada menor ou igual a 75 kW (quilowatts) se enquadra na microgeração distribuída; Potência instalada maior que 75 kW até 3 MW (megawatts) para fontes hídricas ou menor ou igual a 5 MW para cogeração qualificada se enquadra na mini geração distribuída.
O que é Engenharia do Proprietário?
A engenharia do proprietário é um modelo de prestação de serviços em que a empresa contratada passa a ser os olhos do dono dentro da obra, a gestão de todas as etapas da obra é transferida para um empresa especializada no assunto.
Segundo artigo de Flavia Marinho publicado no portal Click Petróleo e Gas:
Brasil se torna um grande canteiro de obras verde; são 84 parques eólicos em fase de projetos e 21 em construção, além de usinas solares que alavancaram o país entre as nações com maior capacidade de geração solar!
Mercado de energia renovável aquece setor de gerenciamento de obras. A chamada engenharia de proprietário surge como catalizador de expertise técnica no sucesso de desenvolvimento desse mercado.
O aquecimento do mercado de energia renovável tem transformado o Brasil num grande canteiro de obras verde. São 84 parques eólicos em fase de projetos e 21 em construção, além do incremento de usinas solares que alçaram o país a 14ª posição entre as nações com maior capacidade de geração solar.
Por trás desse “boom”, está uma transformação no conceito dos canteiros de obras, com o crescimento do papel da engenharia de proprietário.
A função surge da necessidade de se alcançar o máximo de eficiência, no uso intensivo da tecnologia, sem deixar de lado as responsabilidades ambientais e sociais, mesmo em projetos localizados fora dos grandes centros e com uma grande dificuldade logística.
Dessa forma, os escritórios de engenharia, especialistas em diferentes fases de obras, assumiram todo escopo de desenvolvimento do projeto, incluindo a compra dos equipamentos e de materiais da obra, além do acompanhamento do processo de construção, atuando, literalmente como se fossem os olhos do dono. Trata-se de uma atividade de gerenciamento dentro da engenharia da construção, que se molda com facilidade a todo o tipo de empreendimento. E com o desenvolvimento da tecnologia e crescentes objetivos ambientais, as metodologias de trabalho tornam-se cada vez mais rigorosas e atentas.
Para o sócio fundador da afaplan, Gonçalo Sousa Soares, “trata-se de uma atividade que exige disciplina, além de uma equipe bem treinada e com avançados conhecimentos técnico e tecnológico, para garantir excelência em cada fase da obra”, disse Gonçalo Soares, CEO da afaplan.
Segundo o empresário, “neste tipo de engenharia, a revisão do projeto, por exemplo, é uma atividade que agrega uma mais-valia importante para o empreendimento, pois nesta fase detectam-se problemas que se resolvem de forma rápida e econômica, mas que se não forem ajustados vão provocar custos elevados durante a fase de construção”. A empresa criou há sete anos uma área exclusiva para projetos de energias renováveis e hoje colhe os frutos dessa estratégia: já são 16 GW em projetos entregues pelo mundo, sendo a recordista no Brasil, com a marca de 10GW desenvolvidos. Além disso, ainda é responsável pela engenharia do proprietário em outras 14 obras de energia renovável em execução no País.
Fontes consultadas:
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