2023, século XXI, após avanços que resultaram no empoderamento feminino, nos vemos diante de casos explícitos de feminicídio, misoginia e machismo.
Todos os dias nos deparamos com mortes, agressões, estupros de mulheres por seus parceiros, parentes, conhecidos e também desconhecidos. Não vou citar exemplos, pois há muitos, se verificar bem, tem algum ocorrendo, neste exato momento, ao seu lado.
Nosso atual governo federal é um governo democrata e progressista, que entende que a mulher é tão capaz e necessária quanto os homens e provou isso com nomeações de mulheres, em cargos como ministras, secretárias, juízas.
Acabamos de sair, creio eu, da Era das Trevas, onde inclusive mulheres apoiavam um ser nefasto e que demonstra até na relação com a filha, o grau de misoginia que carrega dentro de si.
Tenho certeza que esta Era das Trevas, foi o que fez aumentar os casos de violência contra a mulher. Há nos poderes Legislativo e Executivo brasileiros, seres machos eleitos pela população, cuja missão, ainda, é a de destruir, denegrir e atacar a mulher na política e pior, estes ataques ocorrem apenas por serem mulheres, mulheres combativas, mulheres empoderadas, feministas, GBLTQIA+, e por isso agridem, insultam e denigrem.
As mulheres brasileiras ainda precisam fazer um exercício onde a união entre elas seja prioridade em nossas vidas. Há um caminho ainda a ser trilhado, percorrido e vencido que leve esta união a se tornar uma corrente entre nós mulheres, que nos unam e que criem laços de fraternidade, amizade e parcerias.
Vai demorar ainda um tempo para que as mulheres não sejam consideradas apenas como cotas na política brasileira, e para isso precisamos desta união, deste apoio uma com as outras.
Estamos em ago/23, e nesse momento, há um resquício da Era das Trevas, tentando cassar mandatos femininos de esquerda, porque não suportam as falas, e o posicionamento de deputadas, vereadoras. É o machismo e a misoginia que agride e luta para calar e reprimir a mulher.
Vimos também este fato com o chamado Centrão, ala de políticos, que na realidade, lutam por seus interesses e não os da nação, pressionando nosso presidente a retirar cargos das mulheres em prol dos interesses deles mesmos. O “toma lá, dá cá”, a “dança das cadeiras”, atingindo as mulheres, que julgam fracas e removíveis.
A mulher nada tem de fraca, frágil, ao contrário, a mulher é forte, inteligente, dona de si e pode tudo e em qualquer lugar.
Espero que nosso presidente Lula, não ceda e não permita mais este retrocesso.
* Odete dos Santos, engenheira civil, é vice-presidente do Conselho Deliberativo da EngD
As mulheres são mais do que 50% da população e precisam se convencer de que a elas cabe garantir que em todas as posições na vida pública ou privada estejam pelo menos 50% de mulheres. O caso contrário é a própria negação do respeito da mulher pela mulher.