Fernando Nogueira da Costa faz detida análise do mercado secundário de ações no Brasil, comparando os movimentos locais com os de outras bolsas ao redor do mundo. É secundário não por pouco expressivo, mas porque não o afeta o caixa das empresas listadas, exceto no redirecionamento de eventual distribuição de dividendos. Especulativo, portanto.
Se a volatilidade – o entra e sai, com peso grande de investidores sediados fora do país – não deixa as empresas funcionando no Brasil mais ou menos ricas, do erário público não pode dizer o mesmo. É comum, como demonstrado logo no início do artigo, que o juro suba para “disputar” o capital em bolsa. Mas não é o único efeito.
No câmbio, os principais especuladores com base no exterior fazem o movimento inverso ao observado na bolsa: entram na alta e saem na baixa do real face ao dólar. Por exemplo, se com um dólar compram seis reais e adiante podem comprar um dólar por apenas cinco, ganham vinte cents sem fazer absolutamente nada, onerando as reservas internacionais do país. No mínimo, vão adicionar a renda dos juros públicos. Se apostarem certo, um ganho maior que este no mercado mobiliário.
José Luis Oreiro, por seu turno, quantifica o que significam hoje esses movimentos especulativos: http://isosendacz.org/2022/03/28/cada-1-ponto-na-selic-32-bi-vao-para-rentistas-hora-do-povo-24-03-2022/
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